Primeira série: Síntese. Síntese: I. Unidade: Filosofia e Cosmovisão. Análise: II. Oposição: Lógica e Dialética. III. Relação: Psicologia. IV. Reciprocidade: Teoria do Conhecimento. V. Forma: Ontologia. VI. Harmonia: Tratado de Simbólica. VII. Mutação: Filosofia da Crise. VIII. Assunção: O Homem Perante o Infinito. IX. Integração: Noologia Geral. Concreção: X. Unidade Transcendente: Filosofia Concreta. ___________________________________________________________________________ Primeira etapa: compreende a Década Sagrada de Pitágoras inicialmente como um sistema de categorias lógicas. Desde o primeiro desses pontos de vista, ele constrói um novo método dialético -- a decadialética -- que, abordando uma questão desde dez pontos de vista interligados, oferece um contrapeso dialético ao abstratismo da lógica formal. Todo ente (ou todo problema) deve ser enfocado, sucessiva e rotativamente, como unidade, como oposição (interna), como relação (entre os opostos), como proporção (entre as relações internas) e como forma (síntese concreta dos quatro aspectos anteriores). Isso é a sua constituição interna. Mas em seguida deve ser visto em sua harmonia (com o meio circundante), em seus aspectos de ruptura e crise, que o separam abissalmente do meio e o sujeitam a mutações, em seu potencial de superação ou assunção (pelo qual, perdida a sua harmonia intrínseca, se integra numa harmonia imediatamente superior), na unidade superior da forma abrangente (que reúne os oito aspectos anteriores e os integra no todo cósmico) e, finalmente, em sua inserção finalística na unidade transcendente do real, no Ser supracósmico, no Supremo Bem. Há uma segunda maneira de aplicar a decadialética. Aqui os dez aspectos tornam-se dez campos, cada um definido por uma oposição básica: 1. Sujeito x Objeto; 2. Atualidade x Virtualidade; 3. Virtualidade (Posssibilidades reais) x Possibilidades não-reais, ou meramente hipotéticas; 4. Intensidade x Extensidade; 5. Atualizações (e virtualizações) da intensidade x Atualizações (e virtualizações) da extensidade; 6. Razão x Intuição (oposições no sujeito); 7. Conhecimento x Desconhecimento (oposições na razão); 8. Atualizações (e virtualizações) da intuição x Atualizações (e virtualizações) da razão; 9. Conhecimento x Desconhecimento (oposições na intuição); 10.Variante x invariante. Só quando enfocado por esses dez prismas, em suas duas versões, é que um problema filosófico pode considerar-se suficientemente elaborado e, eventualmente, pronto para ser resolvido. O método abrange o uso da lógica formal antiga e moderna, das várias dialéticas (aristotélica, hegeliana, nietzschiana etc.), como elementos técnicos que são integrados e superados no conjunto. Quando o objeto ou tema é encarado como um todo, a decadialética inclui ainda um complemento, a pentadialética, que o enfoca em cinco planos sucessivos: 1. Como unidade em si; 2. No todo do qual é elemento; 3. Na série a que pertence como etapa; 4. No sistema em que se integra funcional e tensionalmente; 5. No universo, considerado de maneira esquemática e abstrata. Segunda etapa: demonstra que os dez números não são apenas categorias lógicas, mas noéticas: não regem somente a estruturação do raciocínio coerente e ideal, mas toda a esfera da cognição humana real. As categorias são assim elevadas a arquétipos. Terceira etapa: demonstra que não são arquétipos só em sentido noético, mas ontológico; que imperam necessariamente sobre todo ser possível, independentemente e acima das formas da cognição humana: os arquétipos tornam-se princípios. Quarta etapa: demonstra que os princípios universais assim encontrados não são apenas esquemas da possibilidade universal, mas leis ontológicas, que imperam efetivamente sobre todas as ordens de realidades. ___________________________________________________________ Tipos de linguagem com que se transmitem conhecimentos: 1. Pragmática, para as comunicações cotidianas; 2. Simbólica, para a poesia e a religião; 3. Científica, para dar conceitos nítidos às coisas classificadas pelo conhecimento; 4. Filosófica, "onde os conceitos atingem sua máxima pureza, válidos para todos os setores do conhecimento humano"; 5. Mathesis Megiste, constrói um "universo de discurso válido para todas as esferas do conhecimento. Composto de verdades per se notae. É a unidade transcendente das filosofias. É a lógica interna de toda metafísica e ontologia, e finalmente uma suprametodologia geral das ciências. __________________________________________________________________________ Terceira Série: Concreção, a Mathesis Megiste, o Ensinamento Supremo Síntese: I. Unidade: A Sabedoria dos Princípios; Análise: II. Oposição: A Sabedoria da Unidade; III. Relação: A Sabedoria do Ser e do Nada, v.1; IV. Reciprocidade: A Sabedoria do Ser do Nada, v.2; V. Forma: A Sabedoria das Leis Eternas; VI. Harmonia: Dialética Concreta; VII. Mutação: Tratado de Esquematologia, v.1; VIII. Assunção: Tratado de Esquematologia, v.2; IX. Integração: Teoria Geral das Tensões; X. Unidade Transcendente: Deus.